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Está na hora de mudar de resina?

Está na hora de mudar de resina?

Mudar de resina dental

As resinas são produtos essenciais no consultório odontológico, uma vez que fazem parte de um procedimento rotineiro: a restauração dentária. A restauração é realizada quando o dente sofre algum dano causado por cáries, quebra provocada por traumas, fissuras ou desgastes causados pelo hábito de apertar e ranger os dentes, que chamamos de bruxismo.

Durante o procedimento, a parte atingida é removida com a ajuda de uma broca e a resina é inserida na cavidade dentária, dando um novo formato ao dente. A restauração é uma técnica essencial para devolver a autoestima e a qualidade de vida ao paciente. 

As resinas são usadas na restauração direta desde muito tempo. Com o passar dos anos, elas foram evoluindo tanto no aspecto funcional e mecânico, quanto no aspecto estético. Restaurações pouco chamativas são uma grande exigência dos pacientes atuais. 

É, portanto, uma demanda à qual o cirurgião-dentista deve ficar atento, o que exige dele um conhecimento aprofundado sobre esse material.

Será que está na hora de trocar a resina que você usa? Saiba mais a seguir.

Tipos de resinas odontológicas

Não existem muitas variações de resinas odontológicas, sendo as resinas compostas as mais utilizadas no mercado para todos os tipos de restauração dentária, direta ou indireta.

Essas resinas, no entanto, podem ser classificadas de acordo com algumas características próprias, como a coloração, a viscosidade, o tamanho das partículas, a fluidez e a sua ativação ou processo de endurecimento.

Dentro dessa classificação por ativação, temos as resinas compostas fotopolimerizáveis, endurecidas por meio de exposição à luz ultravioleta, que potencializaram as muitas vantagens das resinas compostas comuns. Falaremos mais desse tipo de resina composta em um tópico a seguir.

A autopolimerização é outra classificação da resina composta que leva em consideração a sua ativação ou dureza. Nesse caso, o endurecimento é um processo químico em que há a mistura de um iniciador e um ativador.

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Quais as melhores resinas odontológicas

As resinas compostas são as melhores e mais indicadas para a restauração dentária, uma vez que atendem às mais diversas necessidades do paciente. O material vem sendo utilizado nesse tipo de procedimento desde a década de 50 apresentando grandes evoluções com o passar do ano.

A resina composta é formada por três partes:

  1. Matriz orgânica: é o que dá resistência, durabilidade e estabilidade à resina;
  2. Carga inorgânica: partículas minerais de natureza orgânica, como sílica, quartzo ou vidro. Sua função é contrair a polimerização (união de moléculas) garantindo mais resistência à resina;
  3. Agente de união: é a parte que faz a “liga” entre as outras duas partes, uma vez que aquelas são itens diferentes.

Quais as vantagens e desvantagens da resina composta?

A ampla utilização da resina composta na dentística restauradora é devido às suas muitas vantagens. Dentre elas podemos citar:

  • Resistência à ação do tempo, quando polimerizadas, não se desfazendo com o passar dos anos;
  • efeito estético agradável;
  • excelente custo-benefício em relação aos outros materiais usados na restauração dentária;
  • fixação mais fácil ao dente;
  • cores mais estáveis com variação de tonalidades;
  • boa função mecânica, resistente à mastigação e demais danos sofridos pelos dentes;
  • flexibilidade durante a abertura bucal;
  • acabamento: as resinas compostas podem receber polimento, deixando os dentes mais bonitos e “certinhos”.

Contudo, como acontece com todos os outros materiais usados na restauração dentária, a resina composta também apresenta desvantagens. As principais são:

  • Baixa resistência ao bruxismo;
  • dureza que impede a manipulação correta;
  • contração de polimerização (dureza da resina);
  • facilita a infiltração dentária a partir do contato direto com a água;
  • pode ser um agregador de bactérias secundárias.

Resinas fotopolimerizáveis na odontologia

As resinas fotopolimerizáveis na odontologia são uma classificação da resina composta levando em conta a sua ativação ou dureza em que há exposição da resina à luz ultravioleta. É um processo físico de endurecimento da resina. 

A fotopolimerização aperfeiçoou características já importantes desse tipo de resina, como a redução da porosidade, a facilidade da manipulação do material e mais tempo concedido ao dentista durante a execução do trabalho de restauração.

Todas essas melhorias fizeram com que a resina se tornasse mais resistente e menos porosa. Por fim, as resinas fotopolimerizáveis aumentam a compressão e diminuem a contração de polimerização quando expostas à ativação química.

Uma variação da resina fotopolimerizável é a acrílica, composta de metacrilato e ativadores, e indicada para restaurações indiretas, realizadas fora da cavidade bucal do paciente.

Quando usar resina composta?

Como vimos, a resina composta tem indicação ampla, podendo ser utilizada na restauração direta, indireta, como selantes de fissuras, em coroas dentárias, restaurações provisórias, etc. Assim, podemos citar alguns dos seus principais usos:

Restauração estética: aquelas voltadas para correção de dentes com tamanhos irregulares ou com aberturas extensas entre eles;

Bruxismo: desgaste do dente provocado pelo hábito noturno de ranger e apertar os dentes. É um hábito comum e que afeta não apenas a estética do dente, mas também a sua função;

Faceta dentária direta e indireta: a faceta pode modificar a cor, o tamanho e até o formato dos dentes. É indicada para corrigir manchas e dentes desalinhados, deixando o sorriso mais harmônico e esteticamente mais bonito; 

Núcleo de preenchimento: indicado quando o cirurgião-dentista realiza o tratamento de canal e tem a função de sustentar a coroa e a prótese dentária;

Selante de fóssulas e fissuras: a resina composta, nesse caso, é utilizada para prevenir as lesões provocadas pelas cáries. Indicada para dentes oclusais;

Reparo de restaurações: restaurações antigas feitas com amálgama, ou as mais recentes feitas com resina e porcelana, podem ser substituídas pela resina composta, um procedimento muito comum, especialmente no primeiro caso, quando o efeito estético do amálgama desagrada o paciente.

Entretanto, não é indicada para restaurações muito grandes e nem em caso de restaurações quebradas ou trincadas por não garantir a integridade e nem a funcionalidade de todos os dentes envolvidos.

Além de todas essas indicações, as resinas fotopolimerizáveis são indicadas para:

  • Fechamento de diastemas;
  • colagem de braquetes e;
  • esplintagem de dentes com mobilidade.

Kit de resina odontológica: como escolher?

A inúmera variedade de material restaurador faz com que surjam muitas dúvidas a respeito da aquisição do kit de resina odontológica. Mas, de uma maneira geral, podemos sanar essas dúvidas com dicas bem simples. Veja a seguir:

Prefira resinas nanoparticuladas

São resinas feitas a partir de minúsculas partículas com benefícios valiosos, como resistência, maleabilidade, manuseio, polimento e, claro, efeito estético satisfatório. São excelentes opções para dentes anteriores e posteriores.

Monte um kit básico

Fazem parte do kit de resina que todo dentista deve ter em seu consultório:

Resina de dentina

São mais opacas, impedindo a passagem da luz, e indicadas para restaurações internas e restaurações com espessura maior, pois não deixam o dente acinzentado. Cores consideradas indispensáveis são: A1, A2, A3 e 5.

Caso o dentista atenda pacientes que façam muitas sessões de clareamento, ele deve optar por dentinas específicas para dentes clareados.

Também é uma indicação para a odontopediatria em que é preciso esconder dentinas escuras e opacas.

Resina de esmalte

A resina de esmalte é translúcida, ou seja, permite a passagem de luz e é responsável pelo dente iluminado após o procedimento. Não deve ser usada em grandes espessuras, pois deixa um tom acinzentado no dente. As cores A1, A2, A3 e B1 são suficientes para um primeiro momento.

Como selecionar a cor das resinas compostas?

Essa é uma dúvida muito comum entre dentistas e, de fato, tem muita importância, uma vez que a coloração da resina influencia diretamente na satisfação do paciente com o resultado do tratamento. 

É possível selecionar a cor das resinas compostas com a ajuda de escalas de tonalidades. Entretanto, o ideal mesmo é que o dentista crie a sua própria escala de cores, de acordo com as resinas que possui. 

Além disso, é preciso levar em consideração a dentina, que é o que vai definir a cor final do dente, muito mais do que o esmalte em si. Outras dicas são:

  • Selecionar a cor antes do isolamento do dente, pois, quando isolado, ele tende a ficar mais claro do que o normal;
  • fazer a tomada de cor sob luz natural para evitar erro na captura da cor.

Como vimos anteriormente, o ideal é que o dentista tenha um kit básico de resinas e cores, mas também leve em consideração cada um de seus pacientes, com destaque para crianças e adeptos de clareamento dental, que exigem resina com cores específicas.

Manipulação das resinas

O tempo de manipulação de cada resina vai depender das necessidades do paciente e do tratamento ao qual ele está sendo submetido. 

As resinas compostas fotopolimerizáveis dão ao cirurgião-dentista uma liberdade maior e mais tempo disponível para manipulá-las.

Caso não haja essa necessidade e a restauração aconteça rapidamente, o uso da resina autopolimerizável pode ser utilizada sem nenhum problema.

Como escolher a resina ideal para dentes anteriores e para os dentes posteriores

A resina composta é indicada tanto para os dentes posteriores quanto para os dentes anteriores, devido às suas inúmeras qualidades. Contudo, existem algumas características próprias de cada dente que devem ser levadas em conta mais do que a cor propriamente dita. 

Resinas para dentes anteriores

No caso dos dentes anteriores, dentes que ficam na frente da boca, a cor é um dos benefícios mais buscados, principalmente por pacientes jovens. Portanto, o dentista deve ficar atento para atender a essa necessidade, além de equilibrar a opacidade desses dentes, evitando resultados superficiais e pouco agradáveis.

Resinas para dentes posteriores

Os dentes posteriores, molares e pré-molares, possuem fissuras e sulcos (rugas) mais explícitos. Esses detalhes devem ser priorizados para que o efeito estético dos dentes também atenda à naturalidade desejada pelo paciente.

Em ambos os casos, as resinas compostas nanoparticuladas são uma ótima indicação.

Resinas odontológicas marcas

A evolução das resinas compostas fez com que diversas marcas lançassem no mercado tipos diferentes do produto, ampliando a diversidade da substância e também o leque de opções para o dentista.

Dentre as marcas mais comuns e utilizadas, podemos citar:

FGM: empresa que atua desde 1995 no mercado de clareamento dental e oferece uma grande variedade de resinas, seringas e kits;

Kulzer: empresa japonesa há mais de 80 anos atuando no mercado de produtos odontológicos;

Dentsply Sirona: atuando há mais de 100 anos dentro da odontologia, desenvolvendo produtos inovadores e confiáveis; 

3M: uma das marcas de resinas odontológicas mais conhecidas e confiáveis do mercado, a 3M também vem evoluindo seus produtos e oferecendo qualidade em todas as opções disponíveis.

Tokuyama: sistema premium de resinas desenvolvidas para simplificar restaurações altamente estéticas.

Confira a seguir algumas evoluções das resinas da 3M a partir da primeira geração do produto até os dias atuais.

Primeira geração de resinas

3M Z100 Restaurador

  • Microhíbrida para uso universal (dentes anteriores e posteriores);
  • dDesenvolvida para superar os desafios estéticos de resinas híbridas tradicionais;
  • eExcelência em resistência ao desgaste e propriedades superiores em relação às microparticuladas.

3M Filtek Z250 XT Restaurador Universal 

  • Microhíbrida com nanopartículas para uso universal (dentes anteriores e posteriores);
  • sistema de resina otimizado com bom manuseio;
  • disponível em 12 cores*.

Atualmente, as resinas microhíbridas apresentam melhorias em relação às microparticuladas ou microhíbridas mais antigas. A 3M superou essas características de microhíbridas e microparticuladas com a EXCLUSIVA Nanotecnologia.

Mas, o que há de novo?

resina 3M

3M Filtek Z350 XT Restaurador Universal

  • Estética e resistência excepcionais
  • a exclusiva nanotecnologia permite uma estética e uma retenção de polimento insuperáveis;
  • mais de 600 milhões de restaurações em todo o mundo*;
  • resistência e estética excepcionais, para uso em dentes anteriores e posteriores;
  • excelente resistência ao desgaste;
  • disponível em 33 cores em 4 opacidades**, para uma estética inigualável.
resina 3M

3M Filtek One Resina Bulk Fill

  • Simples, incremento único de até 5 mm.
  • dois monômeros inovadores que permitem a inserção em bulk, com alívio de tensões de contração de polimerização;
  • a exclusiva nanotecnologia permite uma elevada resistência mecânica e ao desgaste;
  • restaurações em dentes posteriores rápidas e simples;
  • inserção em incremento único, sem a necessidade de resina de cobertura;
  • excelente manuseio;
  • maior opacidade para melhor estética.
3M Filtek One Resina Bulk Fill

A inovação chegou com a exclusiva nanotecnologia que permite um melhor desempenho clínico, com restaurações mais duradouras, brilho e polimento incomparáveis, além da facilidade do incremento de até 5 mm, que agora é possível com a resina Filtek One Bulk Fill. Leia matéria completa sobre “Por que utilizar resinas bulk fill em procedimentos restauradores?”.

Uma excelente opção para odontopediatras, pois reduz o tempo de cadeira, elimina etapas e oferece um excelente resultado estético pela variação de opacidade após a polimerização. Rápido e eficaz!

Definitivamente, essa evolução resulta em uma linha completa de soluções para restaurações com insuperável estética e simplicidade.

resina dental 3M

Quer saber mais? Trouxemos dois vídeos especiais sobre o assunto para você aprofundar conhecimento. Confira!

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Publicado por
Gabrielli Nery Wandscheer

Formada em Administração pela Estácio, especialista em Marketing e redação técnica na área odontológica.

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