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Lidocaína: Saiba mais sobre esse anestésico

Confira os anestésicos locais mais utilizados, as principais complicações que podem ocorrer ao utilizá-los e dicas para evitar as possíveis complicações!

Pertencente ao grupo das amidas, a Lidocaína é o anestésico mais utilizado em todo o mundo e também é o mais comumente aplicado na área Odontológica.

O Cloridrato de Lidocaína foi sintetizado em 1943 e foi o primeiro anestésico local pertencente ao grupo amida a ser comercializado. Depois disso, demais anestésicos foram desenvolvidos, também pertencentes ao grupo amida, é o caso da mepivacaína, prilocaína, articaína, bupivacaína, ropivacaína e etidocaína.

Desse modo, os anestésicos deste grupo fizeram e ainda fazem muito sucesso, uma vez que possuem menos registros de reações alérgicas.

Apresentações da Lidocaína

A apresentação do produto se dá nas concentrações de 1% e 2%, e na concentração de 5% na forma tópica. É possível adquirir a lidocaína com ou sem associação de vasoconstritor (adrenalina/epinefrina).

A adrenalina, por sua vez, se apresenta em concentrações de 1:50.000, 1:80.000 e 1:100.000. Contudo a concentração mais utilizada nos consultórios odontológicos é a de Lidocaína a 2% associado a adrenalina 1:100.000,

Importante salientar que, caso a adrenalina seja contraindicada para o paciente, o uso da lidocaína sem vasoconstritor será insuficiente na maioria dos casos, portanto, a solução é optar pelo uso de outros anestésicos, como a prilocaína ou a mepivacaína.

Ação do anestésico Lidocaína

A Lidocaína possui uma toxicidade bem baixa em relação aos demais anestésicos. Trata-se de um anestésico de ação rápida, iniciada entre 3 a 5 minutos, sendo que seu efeito tem duração média de 1 hora em polpa e de 3 a 5 horas em tecidos moles. A dose máxima recomendada deste anestésico é de 7mg/kg em pacientes adultos.

É importante também que o Dentista saiba onde o anestésico será metabolizado. A Lidocaína, por exemplo, sofre metabolização no fígado e excreção renal. Logo, o uso deste anestésico não é indicado para pacientes que já possuam algum comprometimento hepático, pois seu uso pode causar toxicidade.

Recomendações

Importante salientar que a indicação de anestésicos varia de acordo com os fatores clínicos e sistêmicos de cada paciente. A lidocaína 2% e adrenalina 1:100.000  é o anestésico mais seguro para gestantes, até mesmo para as gestantes diabéticas e hipertensas controladas, com dose máxima de 2 tubetes de forma lenta. No caso das pacientes gestantes hipertensas não controladas, a lidocaína deixa de ser o anestésico de escolha, pois nestes casos é mais seguro o uso de Prilocaína 3% com felipressina 0,03 Ul/mL (máximo 2 tubetes).

Para uso pediátrico é indicado Lidocaína a 2% com adrenalina 1:200.000, considerando como dose máxima com ou sem vasoconstritor um tubete de anestésico para cada 9,09 Kg.

Já em idosos, é recomendado o uso de lidocaína a 2% com adrenalina na diluição de 1:200.000 ou 1:100.000. Importante não ultrapassar a dose de 0,04mg de adrenalina, pois eles tendem a ser pacientes mais sensíveis aos vasoconstritores.

Saiba mais 👉 Guia prático de anestésicos: Tudo o que você precisa saber sobre anestesia local na Odontologia

Como calcular anestesia odontológica?

Primeiramente, para realizar o cálculo de dose máxima do anestésico, precisamos saber quantos miligramas de anestésico contém em um tubete . No caso da Lidocaína 2%, sabemos que em 100ml teremos 2g de anestésico, ou seja, em 100ml, teremos então 2000mg de anestésico, nesse caso, cortamos dois zeros e chegamos em 1ml para 20mg de anestésico.

Lidocaína

Um tubete de anestésico de Lidocaína possui 1,8ml. Logo, se em 1ml temos 20mg de anestésico, precisamos fazer uma regra de três para chegar ao resultado:

Lidocaína

Agora, precisamos identificar qual a dosagem máxima da Lidocaína por peso corpóreo, essas informações podem variar de acordo com a literatura. Uma das mais utilizadas são as de Stanley Malamede, no entanto, isso também pode ser consultado na bula do próprio anestésico.

Segundo Malamede, podemos considerar que a dosagem para Lidocaína, com ou sem vaso constritor, é de 4,4mg/kg e a dosagem máxima é de 300mg. Desse modo, em um paciente de 65kg, por exemplo, podemos realizar o cálculo:

Lidocaína

Logo, 286mg é a dose máxima que este paciente pode receber do anestésico Lidocaína.

Finalmente, munidos destas informações, podemos calcular quantos tubetes serão necessários para este paciente, fazendo novamente uma regra de 3. Logo, podem ser administrados 7,94 tubetes para o paciente

lidocaína

Importante salientar que o uso de anestésicos, principalmente a lidocaína, é muito seguro, contudo em caso de superdosagem de anestésico, dentre os principais sintomas que o paciente pode vir a ter são sonolência, perda de consciência e até mesmo parada respiratória. Portanto, é fundamental que Dentistas que fazem o uso clínico saibam realizar o cálculo correto de todos os anestésicos, bem como, sempre levar em conta as características do paciente e de cada situação clínica.

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Referências

http://revodonto.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72722013000200016
https://www.y*outube.com/watch?v=UKhjeNBbQqY

Publicado por
Gabrielli Nery Wandscheer

Formada em Administração pela Estácio, especialista em Marketing e redação técnica na área odontológica.

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