Fotopolimerização: boas práticas no consultório odontológico

Odontologia

Fotopolimerização no consultório

Quando pensamos em longevidade de restaurações e cimentações a associamos diretamente ao seu processo de fotopolimerização. Este por sua vez, traz muitos pontos importantes que devem ser compreendidos pelo profissional para o sucesso da técnica executada. 

Antes de falarmos diretamente sobre a polimerização é preciso entender sobre a composição do material a ser polimerizado.

Ao pensarmos na composição das resinas, sabemos que além do BIS-GMA (seu monômero principal), o fotoiniciador, que na maioria das resinas é a canforoquinona e o co-iniciador denominado amina, também fazem parte de seus constituintes.

Assim, a presenças dessas substâncias permitem que as resinas compostas sejam polimerizadas com a luz. 

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Toda luz é passível de polimerizar as resinas? 

Não, a luz que realmente é capaz de polimerizar as resinas é a luz azul no comprimento de 468 nanômetros, a qual reage diretamente ativando o iniciador de canforoquinona.

Já a luz branca é capaz apenas de endurecer a resina, mas não polimeriza-la de fato, justificando assim o armazenamento destas em tubos escuros e evitando o início do processo de polimerização por exposição. 

Requisitos fundamentais da fotopolimerização

Dessa forma, existem alguns requisitos fundamentais para que a fotopolimerização aconteça: luz azul 468nm; potência; tempo.  

A luz azul, como dito anteriormente, precisa de um comprimento específico para ativar a canforoquinona. A potência do aparelho está diretamente relacionada a sua proximidade com a fonte de luz que esteja polimerizando e se o fotopolimerizador encontra-se carregado; por sua vez, o tempo está relacionado com a quantidade de miliwatts de potência do aparelho.  

Portanto, diferentemente do que muitos pensam, o que importa não é apenas a potência do aparelho, mas sua irradiância, ou seja, a quantidade de luz que realmente esteja chegando onde se deseja polimerizar. 

De maneira mais simplificada, como posso inserir essas informações e melhorar a fotopolimerização do meu dia a dia? 

Primeiramente, deve ser levado em conta qual aparelho você irá investir, afinal há inúmeros no mercado. A dica é: invista em um aparelho que não lhe trará problemas futuros e tire da cabeça a ideia de tentar compensar a polimerização de um aparelho de baixa potência o aplicando por um tempo maior sobre o dente.  

É preciso haver equilíbrio entre o tempo e a potência de seu aparelho. Quando aumentamos o tempo de ativação de um fotopolimerizador de baixa potência, estamos promovendo a redução de polímeros de ligações cruzadas e gerando a formação de polímeros não resistentes.

Em contra partida, quando temos um aparelho de alta potência, por exemplo 3000-5000mws/cm² teremos muitas ligações cruzadas, mas também sem resistência. 

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Por qual aparelho de fotopolimerização devo optar? 

Primeiramente, escolha um aparelho com potência entre 1200mws/cm² a 1600mws/cm² pois será suficiente para iniciar a polimerização com eficácia já que, ao longo dos segundos e por conta da distância mínima natural de 3mm em relação ao dente, há uma perda de 30% da potência durante a fotoativação. 

Ademais, nos casos de cimentação de coroas e laminados cerâmicos, é de extrema importância ter um aparelho com a potência adequada para que não haja influência na polimerização diante a espessura destes materiais além de conseguir que a luz atravesse e atinja o material abaixo adequadamente. 

Quer saber mais, leia o artigo: Fotopolimerizador e assista ao vídeo.

Quais cuidados devo ter com meu fotopolimerizador? 

Aparelhos com alta potência possivelmente podem gerar um superaquecimento da polpa. Os estudos apontam visões diferentes sobre o tema, o que aconselho como dica clínica é: durante a polimerização resfrie o dente com jatos de ar. 

Outro ponto a ser abordado é que o aparelho seja posicionado perpendicularmente e bem próximo ao dente. Ademais, quando a superfície a ser polimerizada for maior que a “cabeça” do fotopolimerizador, a polimerização deve ser feita em duas etapas, a dividindo. 

Existem dicas clínicas que facilitem a prática e eficácia do aparelho? 

Sim, podemos iniciar pela ponteira do aparelho que precisa estar limpa (sem resina), íntegra (sem riscos e fraturas) e em casos de acidentes ou retenção de material, que não seja passível de remoção, a ponteira deve ser substituída. Além disso, é importante que a ponteira não seja transparente para não dissipar a luz e que ela esteja estabilizada sobre o dente, podendo ser segurada em forma de pinça com as mãos e bem próxima a restauração. 

O profissional nesse momento precisa estar atento quanto a maior quantidade de luz que possa incidir sobre o dente sem dissipar, de preferência com um fotopolimerizador que também tenha boa colimação da luz, ou seja, que ela esteja direcionada de modo a aproveitar mais a potência daquele aparelho. 

Sendo assim, agora que já sabe como escolher um aparelho e usa-lo de forma adequada, ficou muito mais fácil otimizar sua hora clínica. Essas informações são valiosas e espero poder ajudar no seu dia a dia.

E para finalizar, confira o quadro abaixo com os lembretes mais importantes da fotoativação:

  POTÊNCIA    TEMPO 
400 mWs/cm²       40s 
800 mWs/cm²       20s 
1600 mWs/cm²       10s 

Vale salientar que coroas e laminados cerâmicos devem ter maior tempo de fotoativação, em média 20s a 40s em aparelhos com potência mínima de 1200mWs/cm². 

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Redatora em Blog Dental Speed
Formada em Administração pela Estácio, especialista em Marketing e redação técnica na área odontológica.
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