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Resina Fotopolimerizável: saiba qual a melhor escolha!

0405 Capa Resinas fotopolimeráveis
0405 Capa Resinas fotopolimeráveis

As resinas compostas fotopolimerizáveis são indicadas para restaurações diretas e indiretas. Mas você sabe qual escolher em cada caso?

Neste artigo vamos descrever as principais características e indicações das resinas fotopolimerizáveis e a indicação de uso de cada tipo de resina odontológica.

O que é uma resina fotopolimerizável? 

A resina fotopolimerizável é um biomaterial utilizado em restaurações diretas e indiretas, tanto em dentes anteriores como posteriores. 

Ou seja, a resina composta fotopolimerízável é constituída de uma matriz orgânica (Bis-Gma), agente de união (silanos), partículas de carga (sílica, vidro de bário, zircônio/sílica) e agentes iniciadores da reação química (canforoquinona e peróxido de benzoíla).

Sendo assim, a resina acrílica fotopolimerízável é composta por metacrilato e ativadores.

Portanto, na evolução desses materiais temos a sua fotopolimerização que veio trazer uma série de melhorias nas propriedades mecânicas, como por exemplo: menor porosidade, maior tempo de trabalho e uma melhora na sua manipulação clínica. 

Contudo, o desenvolvimento das resinas fotopolimerizáveis proporcionou melhorias nas características mecânicas, resultando no aumento da resistência à abrasão, compressão e a diminuição da contração de polimerização em relação à ativação química.

Quais os tipos de resinas fotopolimerizáveis? 

As resinas podem ser indicadas para restaurações diretas, indiretas e selantes de fóssulas e fissuras.

Todavia, para restaurações diretas, selamento de fóssulas e fissuras e contenção utilizamos as resinas compostas fotopolimerizáveis. 

Já para restaurações indiretas utilizamos as resinas compostas fotopolimerizáveis para uso em laboratório e as resinas acrílicas fotopolimerizáveis.

Sobre a resina composta para restaurações diretas, precisamos entender os diferentes critérios de classificação para escolher o material mais indicado para cada caso clínico. 

As resinas compostas na odontologia são classificadas da seguinte forma: 

Tamanho das partículas: 

  • Macropartículas; 
  • Micropartículas; 
  • Microhíbridas; 
  • Nanoparticuladas. 

Viscosidade/fluidez: 

  • Alto escoamento (flow); 
  • Médio escoamento; 
  • Alto escoamento (condensáveis). 

Ou seja, as resinas flow são fluidas, apresentam pouca viscosidade e baixa resistência à compressão, maior contração de polimerização e possuem maior quantidade de monômeros diluentes.

Sendo assim, são indicadas como base de cavidade porque preenchem as irregularidades e absorvem as tensões de polimerização da resina de médio escoamento. 

Contudo, as resinas compostas regulares ou convencionais são as mais utilizadas. Ou seja, são indicadas para todas as classes de restauração e também para facetas diretas e restaurações estéticas.  

Do mesmo modo, a restauração em resina fotopolimerizável  reproduz detalhes ópticos dos dentes naturais, como fluorescência, opalescência e translucidez, além da grande variedade de cores. 

Ainda assim, as resinas condensáveis ou compactáveis têm uma ótima aderência, porém seu polimento é mais difícil e apresentam uma alta rugosidade.

Porém, as resinas acrílicas fotopolimerizáveis estão disponíveis nas consistências de gel e pasta, permitindo uma série de aplicações através da polimerização e queima sem resíduos.

A resina fotopolimerizável é indicada para restaurações diretas e indiretas
A resina fotopolimerizável é indicada para restaurações diretas e indiretas

Quais as indicações de uso das resinas fotopolimerizáveis? 

O objetivo da restauração é reproduzir a anatomia dental, devolvendo forma, função e estética. 

Ou seja, em restaurações diretas, são indicadas para restaurar todas as classes, como selante de fóssulas e fissuras, reparo de restaurações, confecção de núcleo de preenchimento e facetas.

Já para restaurações indiretas, são indicadas as resinas compostas fotopolimerizáveis laboratoriais ou resinas acrílicas fotopolimerizáveis. Sendo assim, a restauração indireta com as resinas compostas é uma alternativa clínica simples e com excelente resultado estético.

Conheça as principais indicações das resinas fotopolimerizáveis: 

Resina composta fotopolimerízável: 

  • Restaurações diretas em Classes I, II, III, IV e V;  
  • Reparo de restaurações; 
  • Facetas; 
  • Fechamento de diastemas; 
  • Núcleos de preenchimento 
  • Colagem de braquetes; 
  • Esplintagem de dentes com mobilidade; 
  • Selante de fóssulas e fissuras. 

Resina composta para laboratório: 

  • Coroas puras; 
  • Venner, 
  • Pontes; 
  • Inlays e Onlays; 
  • Facetas; 
  • Trabalho implante suportado; 
  • Trabalho de precisão com attachment. 

Resina Acrílica Fotopolimerizável: 

  • Registro de mordida; 
  • Casquetes para moldagens; 
  • Alívios; 
  • Copings; 
  • União de transfers para implante; 
  • Barras de protocolo; 
  • Guia de inserção para munhão de implantes; 
  • Fixação de elementos de prótese fixa; 
  • Abutment personalizado; 
  • Estrutura de protocolo cerâmico; 
  • Fundição de estruturas de PPR, poéticos e pontes. 

Como podemos ver, a resina fotopolimerizável é um material versátil, podendo ser utilizado nas mais diversas especialidades, como dentística, odontopediatria, endodontia, ortodontia, prótese, periodontia e implantodontia.

Contudo, é importante lembrar que para a resina fotopolimerizável ter a performance adequada, a qualidade da luz é fundamental para o sucesso clínico. 

Nesse sentido, a intensidade ou densidade de potência da luz preconizada é de 400 mW/cm2. Todavia, é importante monitorar a intensidade dos aparelhos com um radiômetro para evitar a diminuição da intensidade de luz emitida pelo aparelho fotopolimerizador.

Outro cuidado importante é evitar que o terminal condutor de luz toque a resina no momento da fotopolimerização, para evitar que os resíduos obstruam o feixe de luz.

Em relação à limpeza do aparelho, não utilize iodopovidona, glutaraldeídos ou produtos clorados, pois estas substâncias produzem ataques superficiais sobre o corpo do equipamento.

Você tem alguma dúvida sobre Fotopolimerizador? Escreva para nós nos comentários. 

Publicado por
Dra. Fernanda Skupien

Cirurgiã-dentista pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em endodontia pelo Hospital Geral do Exército de São Paulo (HGESP) e especialista em marketing pela Universidade Mackenzie.

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