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Silicone de adição e condensação: dicas para escolher o material ideal e realizar uma moldagem perfeita

Uma dúvida muito comum na Odontologia é sobre qual é o silicone ideal para moldagem: silicone de adição ou silicone de condensação?

Os dois materiais são indicados em procedimentos em que é necessário uma maior reprodução de detalhes, mas apresentam diversas diferenças, como por exemplo a indicação de uso de acordo com a complexidade do caso clínico, técnica de manipulação, tempo de trabalho, tempo de polimerização e estabilidade dimensional.

Neste artigo, vamos detalhar as características de cada material, indicações e dicas para realizar uma moldagem perfeita com silicone, independente da categoria escolhida.

É importante lembrar que cabe ao dentista escolher o silicone ideal de acordo com as características físico-químicas do material e as necessidades do paciente.

Silicone de condensação

A polimerização do material de moldagem ocorre por meio da reação química de condensação.

O produto é composto por duas pastas: pasta densa ou pesada e pasta leve ou fluida. Para ocorrer a polimerização de ambas as pastas, é utilizado um catalizador universal no momento da manipulação do material.

Em relação às características do silicone de condensação, quando ocorre a reação de polimerização, o silicone libera subprodutos químicos, que o torna menos preciso e com menor estabilidade dimensional se comparado ao silicone de adição.

Conheça as indicações de uso do silicone de condensação:

  • Moldagem para prótese total;
  • Moldagem para prótese removivel;
  • Moldagem para prótese fixa;
  • Moldagem para restaurações indiretas;
  • Registro de mordidas.
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Técnicas de moldagem com silicone de condensação

O dentista pode realizar a moldagem utilizando duas técnicas:

  • Uma etapa ou passo único ou dupla mistura: o silicone de condensação denso e o silicone de condensação fluido são inseridos simultaneamente na moleira, realizando uma única moldagem com os dois materiais ao mesmo tempo.
  • Duas etapas ou dois passos: primeiro é realizada a moldagem com a pasta densa e após a presa do material, é aplicada a pasta leve e realizado um novo procedimento.

Dicas para realizar uma boa moldagem com silicone de condensação:

  • Para a massa densa/pesada, sempre utilizar a colher medidora e retirar os excessos de material;
  • Após separar a quantidade de material, inserir o produto na palma da mão, realizar uma marcação com a colher medidora e inserir a quantidade da pasta leve/fluida indicada pelo fabricante;
  • Misturar os duas pastas com as pontas dos dedos para garantir uma mistura homogênea, conforme o tempo de trabalho indicado nas instruções de uso.

Leia também 👉 Moldagem com silicone de condensação: saiba mais sobre indicações e benefícios

Silicone de adição

A categoria de adição, também chamada de polivinilsiloxano ou vinilpolisiloxano, polimeriza por meio de uma reação química de adição.

O produto é composto por uma pasta densa (também chamada de pesada ou putty) e uma pasta fluida (também chamada de leve).

O silicone de adição denso possui duas pastas: base e catalisadora, que são misturadas para realizar a moldagem com o silicone denso/pesado.

O silicone de adição fluido é comercializado em uma embalagem de automistura para manipulação das pastas base e catalisadora simultaneamente. A inserção na moldeira é feita utilizando um dispensador próprio para essa categoria de silicone e uma ponta aplicadora.

A pasta leve/fluida é comercializada em diversas consistências/viscosidades, de acordo com a necessidade do caso clínico.

Em relação às características do silicone de adição, por não liberar subprodutos químicos em sua reação de polimerização, apresenta maior estabilidade dimensional, maior resistência e maior reprodução de detalhes se comparado ao de condensação.

Conheça as indicações de uso do silicone de adição:

Para algumas situações clínicas, possui as mesmas indicações do silicone de condensação:

  • Moldagem para prótese total;
  • Moldagem para prótese removivel;
  • Moldagem para prótese fixa;
  • Moldagem para restaurações indiretas;
  • Registro de mordidas.

Devido à precisão de detalhes, também é indicado nos seguintes casos:

  • Prótese sobre implantes;
  • Facetas e laminados;
  • Modelos de Ortodontia;
  • Placas de bruxismo;
  • Protetor bucal.
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Técnicas de moldagem com silicone de adição

O dentista pode realizar a moldagem utilizando duas técnicas:

  • Uma etapa ou passo único ou dupla mistura: o silicone de adição denso e o silicone de adição fluido são inseridos simultaneamente na moldeira, realizando uma única moldagem com os dois materiais ao mesmo tempo.
  • Duas etapas ou dois passos: primeiro é realizado o procedimento com a pasta densa/pesada e após a presa do material, é aplicada a pasta fluida (a viscosidade é escolhida de acordo a necessidade do dentista) e realizada uma nova moldagem.

É importante lembrar que o polivinilsiloxano não pode ser manipulado com luva de látex, para não inibir a presa do material.

Leia também 👉 Silicone de adição: a melhor escolha para moldagens de alta precisão

Dicas para moldagem com silicone de adição e condensação

Para obtenção de moldagens de qualidade, sem bolhas, sem rasgamento e excelente reprodução de detalhes, é importante tomar alguns cuidados que vão além da manipulação do silicone de adição e/ou condensação adequadas,

Para garantir o sucesso dos procedimentos de moldagem com silicone na Odontologia, é importante o profissional realizar os seguintes passos:

  • Escolha o material adequado: de acordo com a necessidade do procedimento clínico, o dentista deve escolher qual produto será utilizado: condensação ou adição. No caso do silicone de adição, é importante também selecionar a viscosidade da pasta leve/fluida.
  • Armazenamento do material de moldagem: é fundamental seguir as orientações do fabricante relacionadas à temperatura e armazenamento, pois as condições do ambiente podem alterar as características do material e comprometer a qualidade da moldagem.
  • Preparo do paciente: é importante avaliar a abertura de boca, saúde gengival, conferir a nitidez do preparo, verificar se há necessidade de afastamento gengival, selecionar uma moldeira de tamanho adequado e remover o excesso de saliva e/ou sangue. Além disso, o paciente precisa fazer jejum de no mínimo 1h, para evitar enjoo durante o procedimento.
  • Manipulação adequada do silicone: o dentista deve utilizar as proporções corretas das pastas, obter uma mistura homogênea após a manipulação e controlar a temperatura ambiente, para não interferir nas características físico-químicas do silicone. Também é importante seguir as orientações do fabricante sobre o tempo de trabalho e tempo de presa, evitando falhas na moldagem, como por exemplo bolhas, rasgamento, rugosidades, espaços vazios na moldeira e falhas na reprodução de detalhes.
  • Limpeza e desinfecção da moldagem: como medida de biossegurança, para prevenir infecções cruzadas, é essencial realizar a higienização do molde, removendo os fluidos orgânicos, como por exemplo sangue e saliva. Para a etapa de desinfecção, é importante seguir as orientações da vigilância sanitária local sobre as substâncias indicadas para cada categoria de material de moldagem e o tempo de desinfecção.
  • Tempo de vazamento do gesso: o profissional deve seguir as orientações do fabricante sobre o tempo mínimo e máximo para vazar o gesso após a realização da moldagem, para não comprometer a qualidade do modelo.

Para obter resultados precisos na moldagem com silicone na Odontologia, é importante seguir as técnicas adequadas, escolher o material correto e tomar os cuidados necessários para garantir a segurança do paciente e a qualidade dos moldes obtidos.

Em relação à escolha do produto, as duas categorias de silicone apresentam excelentes característica e o dentista deve avaliar as necessidades do caso clínico o custo-benefício do produto selecionado.

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Complemente sua leitura 👉 Passo a passo de uma moldagem em Ortodontia

Publicado por
Dra. Fernanda Skupien

Cirurgiã-dentista pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em endodontia pelo Hospital Geral do Exército de São Paulo (HGESP) e especialista em marketing pela Universidade Mackenzie.

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