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Fios faciais como parte do processo de indução de colágeno

A busca por uma aparência facial mais jovem e saudável reflete um desejo da maioria das pessoas. Com o avançar da idade, ocorrem mudanças na pele, incluindo a redução da produção de colágeno, que levam à flacidez e ao envelhecimento cutâneo.

Diante disso, é crescente a procura por procedimentos que estimulem a produção natural de colágeno pelo organismo e, dentre as opções disponíveis, os fios faciais têm ganhado destaque na área da Harmonização Orofacial.

Neste artigo, saiba mais sobre a utilização de fios faciais como parte do processo de indução de colágeno, em especial os fios de PDO.

Face e Terços faciais

Antes de avançarmos sobre o tema Fios Faciais, é importante relembrar alguns conceitos sobre a estrutura e anatomia facial.

A face pode ser dividida em três terços, cada um deles possui características anatômicas distintas que contribuem para a harmonia e beleza facial.

  • Terço superior – corresponde a região da inserção do cabelo à área da glabela;
  • Terço médio – equivale a região da glabela à região subnasal;
  • E Terço inferior – envolve a região subnasal ao mento.
Arquivo pessoal: Dra. Lorena Toledo Alves CROSP 93.081

Com o passar dos anos, ocorrem mudanças de diferentes tipos em todos os terços da face, sendo que cada terço possui características únicas e é afetado pelo envelhecimento de maneiras distintas.

Na grande maioria dos casos, as alterações mais visíveis e que mais incomodam os pacientes no envelhecimento estão relacionadas ao terço inferior.

Queixas como perda de contorno mandibular e aparência derretida são comuns na rotina do consultório.

Sendo assim, profissionais precisam buscar técnicas e procedimentos que promovam harmonia entre os terços da face, contribuindo para uma aparência facial equilibrada e esteticamente agradável.

Flacidez Facial e Envelhecimento

A flacidez facial é uma das principais preocupações estéticas relacionadas ao envelhecimento.

Com o passar do tempo, é comum que ocorra uma redução na produção de colágeno pelo organismo, proteína essencial para a sustentação, elasticidade e firmeza da pele.

Resultando em uma pele com flacidez, afrouxamento dos tecidos e formação de rugas e sulcos.

Arquivo pessoal: Dra. Lorena Toledo Alves CROSP 93.081

Além disso, outros fatores também influenciam no processo de envelhecimento facial. È o caso de:

  • Exposição ao sol;
  • Tabagismo;
  • Alimentação;
  • Hábitos de vida;
  • Estresse;
  • e genética.

A flacidez tecidual pode afetar todos os terços faciais, ocasionando uma aparência cansada, caída e envelhecida.

Bioestimuladores x Fios de PDO

Nesse contexto, para melhorarmos a aparência da pele e minimizarmos os sinais do envelhecimento facial, é importante aumentarmos a produção natural de colágeno no organismo.

Para isso, existe uma ampla variedade de técnicas, produtos e tecnologias que podemos utilizar no consultório.

Hoje, dentre os procedimentos minimamente invasivos mais indicados para essa finalidade, destacam-se:

  1.  Bioestimuladores injetáveis;
  2.  Fios absorvíveis.

Em relação aos bioestimuladores, os mais utilizados pelos profissionais atualmente são os que possuem ácido polilático e hidroxiapatita de cálcio em suas composições.

No caso de fios absorvíveis, o mercado oferece várias opções como fios de ácido polilático e fios de caprolactona.

Mas, sem dúvidas, os mais utilizados no mundo são os fios de polidioxanona, popularmente conhecidos como Fios de PDO.

Isso porque apresentam uma grande oferta de formas e tamanhos, alta durabilidade e excelente custo-benefício tanto para o profissional como para o paciente.

Qual deles escolher?

Cada abordagem tem suas indicações e benefícios específicos, por isso, a escolha entre bioestimuladores e fios de PDO deve ser baseada em fatores como:

  • Necessidades individuais de cada paciente;
  • Áreas a serem tratadas;
  • Resultado pretendido;
  • E habilidades do profissional.

A grande vantagem dos fios de PDO em relação aos bioestimuladores injetáveis, é que eles podem ser aplicados em áreas que os bioestimuladores não são recomendados, como a região perioral, região periorbital e região glabelar.

Além disso, não favorecem apenas a indução de produção de colágeno, como também promovem um efeito adicional de lifting tecidual temporário dependendo do formato e tipo de fio utilizado.

Fios de PDO: características, vantagens e indicações

A Polidioxanona (PDO) é um polímero monofilamentar sintético que possui alta biocompatibilidade com os tecidos humanos, não apresenta caráter alergênico e piogênico e é um composto totalmente reabsorvível.

Os fios de PDO conseguem ser reabsorvidos completamente pelo corpo em 4 a 6 meses. A degradação é lenta, permitindo que ocorra a síntese de colágeno e cicatrização tecidual.

A reabsorção ocorre por hidrólise, estimulando a formação de fibroblastos que produzem mais colágeno na zona alvo.

Após a inserção dos fios na pele, é possível observar a presença do tecido de granulação junto a produção de diferentes tipos de colágeno presentes na pele, os quais promovem a resistência e a tração da derme humana.

Mesmo com os fios totalmente reabsorvidos, a produção de colágeno pode permanecer por aproximadamente um ano.

 A presença de fibroblastos ativados ao redor da superfície dos fios, implica na deposição de colágeno, levando ao acúmulo progressivo de tecido conjuntivo, aumentando a espessura dérmica e promovendo o rejuvenescimento da pele.

Classificação dos Fios de PDO

Atualmente, temos no mercado uma grande variedade de tipos de fios de PDO.

Eles são classificados e nomeados de acordo com suas características físicas: número de filamentos, formato, tipo de superfície do fio e dispositivo de inserção.

  • Em relação ao número de filamentos: podem ser monofilamentares, duplos ou múltiplos;
  • Em relação à superfície do fio: podem ser lisos ou espiculados (farpados ou moldados);
  • Em relação ao formato: podem ser retos, em formato de mola, em formato espiral ou trançados em formato tubular;
  • Em relação ao dispositivo de inserção: podem ser fios agulhados ou canulados.

Todos os tipos de fios de PDO possuem a capacidade de induzir a formação de novas fibras de colágeno, mas os fios do tipo espiculados possuem a função adicional de promover um lifting tecidual inicial temporário.

Vale salientar que a produção de colágeno será proporcional à quantidade de PDO utilizada no tratamento. Por exemplo, um fio multifilamentar vai induzir uma produção de colágeno maior se comparado a um fio monofilamentar.

Técnica de aplicação dos fios de PDO

A técnica de aplicação dos fios faciais é fundamental para se obter resultados satisfatórios.

Antes de tudo, é necessário realizar uma avaliação cuidadosa da face do paciente para identificar as áreas de maior flacidez e determinar a localização e a quantidade de fios a serem inseridos.

Após a inserção dos fios, ocorre uma reação local inflamatória controlada que desencadeia a formação de novo colágeno à medida que os fios vão sendo absorvidos.

Isso leva a uma melhora progressiva da qualidade da pele e sustentação dos tecidos faciais, suavizando sulcos, rugas e linhas de expressão.

O procedimento de inserção dos fios de PDO é rápido e minimamente invasivo, realizado em consultório apenas com anestesia local.

Cuidados após aplicação dos fios de sustentação

A recuperação geralmente é rápida e o paciente podem retornar às suas atividades diárias normalmente após o procedimento.

No entanto, é importante que siga corretamente as orientações do profissional, como:

  • Não tocar ou massar a área tratada nas primeiras horas;
  • Evitar exercícios físicos intensos nas primeiras semanas;
  • Realizar higiene adequada da região de forma gentil;
  • Dormir em decúbito dorsal (barriga para cima), dependendo do local em que os fios foram aplicados;
  • Entre outras orientações.

Indicações dos fios de PDO

A maioria dos pacientes está apta para tratamento com fios de PDO com o objetivo de aumentar o estímulo de colágeno.

Mas, para resultados visando um reposicionamento tecidual e lifting facial, os candidatos ideais são aqueles que apresentam uma intensidade leve a moderada de sinais de envelhecimento e queda tecidual — ou seja, que necessitam apenas de uma pequena sustentação ou correção.

Em contrapartida, para pacientes com muita flacidez, excesso de pele e queda acentuada dos tecidos — que precisam de um rejuvenescimento facial de intensidade moderada a grave — o tratamento ideal e mais eficiente continua sendo lifting facial cirúrgico ou ritidoplastia.

A questão é que há uma busca crescente por procedimentos menos invasivos, e os fios de sustentação vêm sendo considerados uma excelente alternativa, não para substituir a ritidoplastia, mas como uma forma de adiar um procedimento mais invasivo.

Benefícios dos fios de PDO

Esse aumento na procura por tratamentos com fios faciais absorvíveis acontece principalmente por:

  • ser um procedimento rápido;
  • ser feito em consultório sem a necessidade de internação;
  • ser menos doloroso;
  • apresentar um tempo mais curto de recuperação pós-procedimento.

Vários autores relatam, ainda, que os pacientes estão mais dispostos a obterem um resultado estético menor comparado ao lifting facial cirúrgico, do que enfrentar as implicações de um procedimento cirúrgico complexo.

No procedimento com fios espiculados, as espiculas ficam engrenadas de tal maneira que se prendem à pele e auxiliam na suspensão dos tecidos em diferentes regiões da face.

Um grande benefício da sutura espiculada é não precisa ser fixada em estrutura anatômica como periósteo e fáscia temporal.

As diversas farpas suspendem o tecido no momento em que for levantado, auxiliando em uma melhora no reposicionamento dos tecidos.

Alguns autores também mencionam que o que garante a manutenção desse efeito não é o fio propriamente dito, e sim a formação de uma rede de colágeno.

Contraindicações dos fios de PDO

Os fios de PDO são contraindicados em casos de:

  • Sensibilidade a corpos estranhos ou alergias conhecidas;
  • Presença de materiais preenchedores permanentes ou de tipo desconhecido na face;
  • Doenças crônicas descompensadas;
  • Infecção ativa;
  • Doença autoimune;
  • Herpes simples ativa ou muito recente;
  • Gestantes e lactantes;
  • Pacientes com alta propensão à formação de queloides;
  • Histórico de má cicatrização de feridas;
  • Pacientes com expectativas irrealistas;
  • E pacientes que não estão dispostos a seguir as recomendações de pós-tratamento.

É importante salientar que com indicação precisa, técnica adequada, procedimento feito dentro de cadeia asséptica controlada e o paciente seguindo corretamente as recomendações do pós-procedimento, as complicações e efeitos adversos tem um índice baixo de ocorrência.

Equipamentos de HOF

Por fim, como parte do processo de indução de colágeno, os fios de PDO têm se mostrado uma boa opção no campo da estética facial, proporcionando melhorias contínuas na qualidade da pele e um efeito de lifting imediato inicial.

Pensando nisso, a Dental Speed é sua parceira ao oferecer um portfólio completo de produtos para Harmonização Orofacial, incluindo fios faciais de sustentação PDO em diferentes modelos e tamanhos.

Para resultados estéticos satisfatórios, acesse nossa categoria de Harmonização Orofacial e encontre os produtos que melhor atendem às necessidades de seus pacientes!

Antes de ir, comente quais assuntos da área de estética facial você quer ler aqui no Eu Amo Odonto! Até a próxima.

Publicado por
Dra. Lorena Toledo

Cirurgiã dentista pela Universidade Federal de Alfenas/MG - UNIFAL, Especialista em Harmonização Orofacial, Especialista em Ortodontia. Professora de pós graduação em Hof no Centro Universitário de Lavras (UNILAVRAS-MG).  Pós graduação em Harmonização Orofacial avançada e cirúrgica no MARC Institute Miami - USA. Atua clinicamente em São Paulo-SP nas áreas de harmonização orofacial, ortodontia e estética dental. Acredita em uma odontologia de excelência baseada em evidências científicas. CROSP 93.081

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