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Biossegurança no atendimento odontológico

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Biossegurança no atendimento

A biossegurança sempre esteve presente no dia a dia dos profissionais de odontologia. No entanto, com a Pandemia de COVID-19 os procedimentos de biossegurança agora precisam ser feitos de forma adicional a tudo o que estávamos acostumados a fazer para tentar reduzir ao máximo a transmissão de microrganismos durante as atividades clínicas.

Na sequência, confira algumas orientações que promoverão um atendimento mais seguro para você e seu paciente.

Preparando a sala para o atendimento

Primeiramente é fundamental retirar do consultório tudo o que não for necessário para a realização do atendimento, desde objetos e produtos que estão sobre a bancada, display de escovas, produtos para educação oral, brinquedos, entre outros. Como teremos que realizar a limpeza e desinfecção das superfícies do consultório antes de começar o atendimento e entre um paciente e outro, uma menor quantidade de objetos facilitará esta higienização.

Também é importante colocar barreiras mecânicas no equipamento. Use filme de PVC ou sacos plásticos em botões manuais de acionamento, nas alças de refletores, no encosto de cabeça, nos braços da cadeira odontológica, no encosto do mocho, nas canetas de alta rotação, no corpo da seringa tríplice e nas pontas de unidade de sucção.

Além disso, antes da chegada do paciente, separar tudo o que será utilizado para realizar o atendimento, desse modo, evita-se a abertura de gavetas e armários, locais que podem acumular aerossol.

Preparação do dentista e paramentação

Antes de mais nada, ao chegar na clínica, realize a desinfecçãos de sapatos. Para facilitar, sugere-se a instalação de um tapete desinfectante bactericida na porta de entrada. Desinfete também seus pertences, como celular, bolsas e sacolas e guarde em algum local separado, evitando levá-los para a sala de atendimento.

Antes de vestir os EPI’s, prenda os cabelos e remova acessórios como anéis, brincos, colares, etc. Prefira usar roupas leves por baixo dos EPI’s, o ideal é o uso de Scrubs ou pijamas cirúrgicos, eles são práticos e facilitam a mobilidade por baixo de toda a proteção. Alguns tecidos até ajudam a manter a temperatura corporal regulada e secam 4 vezes mais rápido.

Antes de começar a atender e entre os atendimentos odontológicos, lave suas mãos e seu rosto com água e sabão respeitando a regra dos vinte segundos. Importante também evitar tocar nos olhos, boca e nariz sem ter higienizado as mãos.

Para se paramentar, conforme orientações do CFO, é necessária a utilização dos seguintes EPI’s.

  • Propé;
  • Gorro descartável, sempre acomodando o cabelo e orelhas em seu interior;
  • Jaleco/avental descartável, com mangas longas, punhos elásticos e gola “colarinho”;
  • Máscara N95 ou PFF2;
  • Óculos de proteção, com alça de elástico ou fechamento lateral;
  • Escudo / face shield;
  • Luvas de procedimento de látex ou vinílica.
Scrubs

Cuidados na remoção dos EPI’s

Uma vez que a desparamentação é um momento crítico para o profissional, pois o risco de contaminação é alto, ela deve ser realizada, de preferência, fora da área de atendimento:

  • O primeiro passo é retirar a luva de maneira asséptica;

Confira no vídeo abaixo como retirar as luvas sem contaminar as mãos:

  • Depois de retirar as luvas o ideal é fazer a primeira higienização das mãos com água e sabão;
  • Na sequência, remova a proteção facial, face shield/ escudo e óculos de proteção, sempre de trás para frente;
  • Tire o jaleco/avental, de trás para frente, puxando pela região dos ombros;
  • Remova máscara e gorro em movimento único, também de trás para frente;
  • Depois fazer nova higiene das mãos, lave o rosto com água e sabão, sempre seguindo a regras dos vinte segundos.

Caso não tenha uma quantidade suficiente de máscaras N95 ou PFF2, elas podem ser usadas de forma estendida, no entanto, o ideal é que também sejam descartadas a cada paciente. Já os óculos e escudos / face shield, precisam ser desinfetados a cada paciente. Indica-se o uso de novas luvas para realizar esta limpeza e um desinfetante de nível intermediário, como hipoclorito de sódio ou álcool 70º INPM, da mesma forma, vale conferir na embalagem do produto antes da utilização.

Importante: A equipe de auxiliares deve seguir as mesmas orientações de uso de EPI’s que os cirurgiões dentistas. Afinal, também entram em contato com os pacientes.

Orientações para saída do consultório ou chegada em casa

Além de todo cuidado necessário dentro da clínica, é importante tomar algumas ações para evitar levar microrganismos para casa:

  • Higienizar seus pertences pessoais, assim como já citado anteriormente e deixá-los em uma caixa na entrada do consultório, assim evita-se contaminação cruzada;
  • Higienizar o celular, caso ele fique com você;
  • Tirar os sapatos;
  • Tirar suas roupas e colocá-las em um local separado das demais ou dentro de uma sacola, para não contaminar outras roupas;
  • Lavá-las com alvejante e de preferência temperatura acima de 60º C;
  • Chegando em casa, não tocar em nada sem antes se higienizar;
  • Ao tomar banho, higienizar bem as áreas que ficam mais expostas, como rosto, pescoço, mãos e punhos.

Da mesma forma, uma boa dica é criar uma “zona suja” no hall de entrada de casa, caso não tenha, pode criar um “hall imaginário” delimitado por uma fita no chão. Neste local você pode colocar seus sapatos, se despir e já separar a roupa suja e higienizar pertences antes de levá-los para dentro de casa.

Quer mais informações sobre medidas de prevenção? O CFO preparou vários materiais que irão auxiliar o profissional no retorno gradativo dos atendimentos, como por exemplo, o e-book  “10 dicas de prevenção no atendimento odontológico”.

Por fim, você pode acompanhar tudo pelo nosso Instagram @dentalspeed, estamos preparando vários conteúdos sobre biossegurança e como introduzir isso em sua rotina clínica.

Até a próxima!

Publicado por
Gabrielli Nery Wandscheer

Formada em Administração pela Estácio, especialista em Marketing e redação técnica na área odontológica.

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