Eletroterapia no consultório odontológico
A neuroestimulação elétrica transcutânea, mais conhecida como TENS (sigla em inglês do termo Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea) é uma técnica bastante eficaz que funciona como um recurso terapêutico de dores crônicas e agudas, sem necessitar do uso de medicamentos.
Além disso, também é considerada uma modalidade terapêutica relativamente econômica, segura e não invasiva.
Como funciona a eletroterapia?
O procedimento consiste na aplicação de impulsos elétricos no local por meio de aparelhos específicos , os quais possuem eletrodos que podem ser de silicone com aplicação de gel entre os mesmos e a pele, ou ser do tipo autoadesivo.
Esses impulsos estimulam atividades do sistema nervoso que fazem com que haja ação analgésica, relaxante muscular, vasodilatadora, entre outras. Portanto, os eletrodos devem ser posicionados na origem da dor ou o mais próximo possível do local de maior algia. Ou ainda, podem ser colocados no trajeto dos nervos periféricos envolvidos.
Há diferentes formas de frequência, intensidade e duração de pulso, que irão variar de acordo com o objetivo clínico. Para isso, há cursos de atualização, cursos livres específicos e destinados a aplicabilidade clínica de cada profissional.
Indicações da eletroterapia na Odontologia
A eletroterapia pode ser usada para aliviar dores (agudas e crônicas), sendo extremamente útil nos casos de disfunção temporomandibular (DTM), reduzir edemas, facilitar reparos de tecidos e tratar sequelas de paralisia facial.
Dessa forma, a técnica vem para agregar, com o intuito de reduzir drasticamente os incômodos dos pacientes, reduzindo os efeitos da dor na musculatura e no osso, contendo a inflamação e restabelecendo a atividade funcional da articulação.
A sensação de analgesia dependerá do grau de intensidade da energia eletromagnética aplicada ao local afetado. Então, quanto mais intenso for, maior será a sensação de alívio, já que o corpo libera mais endorfina.
Da mesma forma que a eletroterapia atua proporcionando benefícios nos casos de disfunção temporomandibular (DTM), ela também atua nas glândulas salivares induzindo a produção de saliva. Além de restabelecer os padrões salivares, também pode regenerar as glândulas salivares, podendo ser utilizada em pacientes oncológicos que fazem ou farão quimioterapia ou radioterapia evitando sequelas maiores.
Além disso, a eletroterapia estimula reações fisiológicas e bioquímicas que promovem liberação de substâncias que estimulam ácido hialurônico, substâncias hidrofílicas e fibroblastos, os quais produzem colágeno, elastina e substância fundamental amorfa, melhorando a hidratação e a elasticidade da pele.
Há diversas outras aplicabilidades da eletroterapia sendo estudadas na odontologia, no entanto, os resultados ainda são controversos.
Uso da eletroterapia em Harmonização Orofacial
Uma área que se destaca no uso da eletroterapia é a Harmonização Orofacial.
Como especialidade da odontologia que mais cresce nos últimos tempos, os profissionais têm investido em novas tecnologias que proporcionam um serviço diferenciado para seus pacientes, elevando o nível dos tratamentos faciais.
Dentre os equipamentos mais utilizados, podemos citar o ultrassom focalizado de alta intensidade (HIFU), ideal para procedimentos de lipocavitação e lifting facial.
Contraindicações da eletroterapia
A eletroterapia não é indicada para usuários de marca-passo e implantes metálicos, cardiopatas descompensados, gestantes, e pessoas com alterações na coagulação sanguínea, como hemofílicos ou pacientes que usam anticoagulantes.
Efeitos adversos da eletroterapia
Embora sejam raros, podem ocorrer sensação de formigamento temporária, espasmos musculares (tremores) ou vermelhidão passageira e irritações cutâneas nas regiões onde são colocados os eletrodos.
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Referências:
Eduardo Grossmann1 , Joseane Steckel Tambara2 , Thiago Kreutz Grossmann3 , José Tadeu Tesseroli de Siqueira4 – O uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea na disfunção temporomandibular . Rev Dor. São Paulo, 2012 jul-set;13(3):271-6
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