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Periodontia

Como utilizar as curetas periodontais na prática

As curetas periodontais são instrumentos essenciais na Periodontia, pois são indicadas para a remoção do cálculo supragengival e subgengival, além de promover o alisamento da superfície, desempenhando um papel fundamental na saúde periodontal.

Apresentam corte e angulação para alcançar áreas de difícil acesso, permitindo um tratamento eficaz de doenças periodontais.

Neste artigo, vamos abordar os principais pontos que você precisa saber sobre as curetas de Periodontia, incluindo os tipos disponíveis, técnicas de manuseio, cuidados necessários para a manutenção dos instrumentais e como evitar erros comuns durante o procedimento clínico.

Tipos de curetas periodontais

As curetas apresentam design e poder de corte para permitir a raspagem e alisamento da superfície dental, garantindo o acesso à áreas de difícil alcance que apresentam um acúmulo maior de biofilme e cálculo dental.

Para realizar o tratamento periodontal, é importante compreender os diferentes tipos de curetas periodontais e suas indicações de uso.

Esses instrumentos podem ser classificados em dois grandes grupos: as curetas universais, também chamadas de cureta periodontal McCall e as curetas Gracey.

O conhecimento sobre a classificação das curetas periodontais é fundamental para que o dentista possa escolher o instrumental mais adequado para cada caso clínico.

Saiba mais sobre os tipos de curetas de Periodontia:

Cureta McCall ou Cureta Universal

São indicadas para raspagem e alisamento de todas as faces de dentes anteriores e posteriores, tanto raspagem subgengival como para raspagem supragengival, apresentando 90 graus de angulação da parte ativa.

Estão disponíveis no mercado em dois modelos:

  • Cureta McCall 13-14: em todas as faces dos dentes anteriores;
  • Cureta McCall 17-18: em todas as faces de dentes posteriores.

Cureta Gracey

São indicadas para raspagem e alisamento supra e subgengival manual de dentes anteriores e posteriores.

A angulação da parte ativa determina a indicação específica da cureta (face e grupo dentário), que pode ser de 60 ou 70 graus, conforme descrito abaixo:

  • Cureta Gracey 1-2 e 3-4: indicada para todas as faces de dentes anteriores;
  • Cureta Gracey 5-6: indicada para todas as faces de dentes anteriores e pré-molares;
  • Cureta Gracey 7-8 e 9-10: indicada para as faces vestibular e lingual de dentes posteriores;
  • Cureta Gracey 11-12: indicada para a face mesial de dentes posteriores;
  • Cureta Gracey 13-14: indicada para a face distal de dentes posteriores.

Cada tipo de cureta é projetado para um determinado elemento ou superfície dental, permitindo uma raspagem e alisamento mais precisos e eficientes.

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Como diferenciar as curetas periodontais

Para distinguir visualmente os tipos de curetas, é importante observar características específicas, como por exemplo o formato da ponta, o comprimento da lâmina e a angulação do cabo.

As curetas periodontais apresentam uma haste longa com cabo ergonômico e ponta ativa, que pode ser curva ou reta.

Saiba como diferenciar os instrumentais:

  • Formato da ponta da cureta:

As curetas podem apresentar pontas curvas, retas ou anguladas, sendo que a cureta periodontal Gracey apresenta extremidade angulada e a cureta periodontal universal apresenta extremidade reta e estreita.

  • Lado ativo – ângulo de corte:

A cureta universal apresenta as duas faces ativas, já a Gracey apresenta somente uma face ativa.

  • Número e modelo da cureta:

Os números das curetas indicam a região indicada para a realização de raspagem e alisamento.

Cada tipo apresenta uma indicação específica, e conhecer essas diferenças permite que o dentista escolha o instrumento certo para cada situação clínica.

Como manusear a cureta periodontal

O manuseio adequado do instrumental é essencial para garantir um procedimento eficaz e seguro, tanto para o paciente quanto para o profissional.

Por isso, é fundamental que o dentista tenha conhecimento de anatomia dental e realize corretamente as técnicas de acesso, angulação e movimento durante o procedimento, para garantir o sucesso do caso clínico e proporcionar conforto ao paciente durante o atendimento.

Confira essas dicas para realizar o procedimento corretamente:

  • Posicionamento do paciente

É importante que o paciente esteja confortável e bem posicionado, com a cabeça levemente inclinada para facilitar o acesso à área de trabalho, além de utilizar uma iluminação adequada para visualizar o campo operatório.

  • Empunhadura do instrumento

Segurar a cureta em “caneta modificada” permite maior controle e precisão no movimento, evitando a fadiga muscular e perda de destreza durante a raspagem e alisamento.

  • Inserção da cureta

Introduzir a lâmina da cureta suavemente na margem gengival, com um ângulo de 0 a 40 graus, para reduzir o risco de trauma tecidual.

  • Movimento de raspagem

Após posicionar a lâmina, ajuste o ângulo e execute movimentos controlados e curtos.

  • Exame clínico após o procedimento

Após utilizar o instrumental, avalie a superfície tratada com uma sonda periodontal ou explorador para garantir a remoção completa do cálculo dental.

Erros comuns durante a raspagem e alisamento e como evitá-los

Mesmo os profissionais mais experientes podem cometer falhas ao utilizar as curetas. Por isso, conheça os erros mais comuns para evitá-los:

  • Ângulo inadequado: um ângulo muito fechado (menor que 60 graus) reduz a capacidade de remoção do cálculo, enquanto um ângulo muito aberto (maior que 80 graus) pode causar trauma no tecido gengival;
  • Pressão excessiva: pode gerar desconforto ao paciente e comprometer a saúde dos tecidos periodontais;
  • Falta de afiamento: uma lâmina sem corte diminui a precisão e aumenta o tempo do procedimento. Afiar o instrumento adequadamente é fundamental para garantir a qualidade do procedimento.

Cuidados com as curetas periodontais

A manutenção adequada da cureta periodontal é essencial para garantir sua durabilidade e eficácia, garantindo a qualidade da raspagem e alisamento da superfície dental.

É importante o profissional realizar inspeções regulares nas curetas para verificar se há sinais de desgaste ou danos, para não comprometer a eficácia do tratamento e aumentar o risco de lesões ao tecido gengival.

Saiba como afiar a cureta periodontal:

  • Realize o afiamento sempre que perceber redução na eficácia do corte;
  • Utilize uma pedra de Arkansas ou de cerâmica, mantendo o mesmo ângulo original da lâmina;
  • Mantenha um ângulo de 70 a 80 graus entre a cureta e o afiador;
  • Realize movimentos suaves e contínuos, para não danificar a lâmina;
  • Faça o teste de corte em uma placa de vidro ou de metal liso;
  • Após afiar, limpe a cureta para remover os resíduos.

Além disso, as curetas devem ser cuidadosamente limpas e esterilizadas em autoclave odontológica para prevenir a contaminação cruzada e garantir a segurança do paciente e do profissional.

Outro aspecto importante para manutenção é o armazenamento adequado das curetas de Periodontia. Após a esterilização, guardar o material em local limpo e organizado, de preferência em bandejas ou estojos específicos para instrumentos periodontais, protegido da luz solar direta e de qualquer contaminação externa.

Antes de cada atendimento clínico, é fundamental realizar uma inspeção visual para verificar as condições de uso e se as mesmas apresentam oxidação, desgaste ou dano na ponta ativa e substituir a cureta para o procedimento.

Compreender os tipos de curetas, dominar as técnicas de manuseio e cuidar adequadamente desses instrumentais são passos fundamentais para o sucesso clínico do tratamento periodontal.

Por isso é essencial ter conhecimento sobre anatomia, características dos instrumentais e realizar a afiação e manutenção adequada dos mesmos, garantindo a qualidade do procedimento clínico.

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Referências:

Publicado por
Dra. Fernanda Skupien

Cirurgiã-dentista pela Universidade Paulista (UNIP), especialista em endodontia pelo Hospital Geral do Exército de São Paulo (HGESP) e especialista em marketing pela Universidade Mackenzie.

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